
O Brasil enfrenta um surto alarmante de intoxicações por metanol, com casos graves e mortes registradas em estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná. O metanol, é uma substância altamente tóxica e usada industrialmente. Ela foi adicionada ilegalmente a bebidas selecionadas falsificadas, colocando em risco a vida dos consumidores e gerando um clima de pânico entre os frequentadores de bares, restaurantes e casas noturnas.
Se você é dono de um estabelecimento que comercializa bebidas alcoólicas, é natural sentir-se preocupado. Afinal, mesmo que sua casa não tenha qualquer envolvimento com produtos adulterados, basta uma suspeita ou uma denúncia infundada para gerar danos irreversíveis à sua reputação — e até mesmo uma responsabilização em uma ação criminal.
Neste artigo, vamos explicar como você pode proteger seu negócio, garantir a segurança de seus clientes e se proteger juridicamente diante desse cenário de crise.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
O metanol é um álcool industrial proibido para consumo humano. Ele é barato, incolor e tem cheiro semelhante ao etanol (álcool comum), o que facilita sua adulteração em bebidas falsificadas. No entanto, mesmo em pequenas doses, podem causar cegueira, falência de órgãos e até mesmo morte.
As autoridades já identificaram lotes irregulares de uísque, cachaça, vodca e até cerveja artesanal contaminados com metanol. Muitos desses produtos foram vendidos por canais informais, mas o medo se alastrou rapidamente — e agora qualquer estabelecimento pode ser alvo de desconfiança, mesmo que opere dentro da lei.
QUAIS SÃO OS RISCOS JURÍDICOS PARA SEU ESTABELECIMENTO?
Mesmo sem culpa direta, donos de bares e restaurantes podem ser responsabilizados criminal e civilmente se um cliente sofrer intoxicação após consumir bebida em seu local. Isso ocorre porque a legislação brasileira adota o princípio da responsabilidade objetiva do fornecedor, previsto no Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), e também prevê crimes como:
Crime de perigo para a saúde pública por envenenamento de alimentos e bebidas (Art. 270 do Código Penal): punível com reclusão de 10 a 15 anos;
Homicídio culposo (art. 121, §3º, CP), se houver morte, com detenção de 1 a 3 anos;
Lesão corporal culposa (art. 129, §6º, CP), em casos de sequelas, com penas de detenção de dois meses a um ano.
Além disso, o Ministério Público pode propor ações civis públicas exigindo indenizações coletivas e até o fechamento do estabelecimento.
COMO PREVENIR E GARANTIR A SEGURANÇA DOS CLIENTES?
A boa notícia é que você pode se proteger com medidas simples, mas essenciais:
1. Compre apenas fornecedores autorizados e documentados
Exija nota fiscal para toda compra de bebida alcoólica.
Verifique se o fornecedor está registrado na Receita Federal e possui alvará sanitário.
Evite produtos com preço muito abaixo do mercado — sinal clássico de falsificação.
2. Guarde todos os documentos, notas e recibos por pelo menos 5 anos.
Em caso de investigação, você precisará comprovar a origem lícita de todos os produtos comercializados.
Mantenha um registro de estoque com dados de entrada, lote e fornecedor.
3. Treine Sua Equipe.
Ensine seus funcionários a identificar embalagens suspeitas: rótulos descolados, tampas mal vedadas, líquido turvo ou cheiro estranho.
Oriente-os a nunca aceitar “promoções” de vendedores não cadastrados.
4. Exija certificados de análise de bebidas artesanais
Se você comercializa cervejas ou destilados artesanais, exija do produtor o laudo de análise laboratorial que comprove a ausência de metanol.
5. Comunicar qualquer suspeita às autoridades.
Ao identificar um produto suspeito, suspenda imediatamente a venda e comunique imediatamente à vigilância sanitária e à polícia civil. Isso demonstra boa fé e pode livrar você de responsabilidade.
POR QUE TER UM ADVOGADO ESPECIALIZADO AGORA, É ESSENCIAL?
Muitos comerciantes acham que só precisam de um advogado depois de um problema. Mas nesse cenário, a prevenção jurídica é tão importante quanto à segurança do produto.
Um advogado especializado em direito penal empresarial e segurança alimentar pode:
Auditar seus processos de compra e armazenamento para garantir a conformidade com a lei;
Elaborar termos de responsabilidade com fornecedores, transferindo riscos contratuais;
Orientar sua equipe sobre como agir em caso de fiscalização ou denúncia;
Representar seu estabelecimento imediatamente em caso de investigação, evitando prisões, multas ou fechamento.
Lembre-se: não basta estar certo ou ser inocente — é preciso provar. E só um profissional qualificado pode montar essa defesa antes que o problema aconteça.
PROTEJA SEU NEGÓCIO ANTES QUE SEJA TARDE
A crise do metanol não é passageira — e os órgãos de fiscalização estão em alerta máximo. Nesse cenário, a prevenção jurídica é tão crucial quanto à qualidade do que você atende.
Se você deseja continuar operando com tranquilidade, mantendo a confiança de seus clientes e evitando riscos criminais, não espere um incidente para agir. Consulte um advogado especializado agora e garanta que seu estabelecimento esteja legalmente.
D. Ribeiro é Advogado Criminal na Capital – SP – Brasil, e possui também um canal no Youtube chamado Notícias do Ribeiro, para falar direto comigo basta clicar aqui 👉 https://wa.me/5511954771873
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