Em nosso ponto de vista, os casos mais emblemáticos e marcantes do Júri, foram: Doca Street, Daniella Perez e Suzane von Richthofen, casos estes, recheados de muita violência e crueldade.
Aproveito para informar que recentemente, em nosso canal no YouTube (clique para assistir) ‘Notícias do Ribeiro’, publicamos diversos vídeos sobre temas relacionados ao Direito, incluindo questões da seara penal e comentários sobre dúvidas em casos concretos. Entre os destaques, está o vídeo sobre advocacia pro bono, em que compartilho uma experiência prática vivida durante uma ocorrência em andamento, na qual tive a oportunidade de presenciar os fatos e me voluntariar.
Neste artigo, abordaremos outro caso midiático de assassinato em família: o famoso e insolúvel, caso da Rua Cuba. Quer saber mais desse caso que ganhou repercussão nacional? Então, siga conosco até o final.
O CRIME
No dia 24 de dezembro de 1988, véspera de Natal, o casal Maria Cecília e Jorge Toufic Bouchabki, pertencente à alta sociedade paulistana, foram encontrados mortos dentro de sua residência, localizada na Rua Cuba, ambos foram assassinados com tiros de revólver na cabeça.
Às 7h da manhã do dia dos fatos, o filho mais velho do casal – Jorge Delmanto Bouchabki, se deslocou até a casa de sua namorada convidando-a para um passeio, atitude que causou estranhamento na garota. E, no período da tarde, Jorginho voltou para sua residência e encontrou as empregadas e seu irmão intrigados, pois, até então, seus pais continuavam dentro do quarto, o que não era comum.
Assustado com a situação, o primogênito chamou a polícia para poder averiguar se estava tudo bem, momento em que Maria Cecília e Jorge Toufic, foram encontramos sem vida na cama.
A cena do crime chamou atenção, pois não havia sinais de arrombamento ou invasão externa, e a perícia apontava que os corpos foram mexidos e o local do crime arrumado/alterado. Os policiais não encontraram a arma utilizada no homicídio e tudo levava a acreditar que o assassino eram alguém de dentro da casa.
A polícia começou a trabalhar com a hipótese de que o criminoso seria Jorginho por vários motivos: tratava-se de um rapaz agressivo que já tinha atentado contra a integridade do pai, ao acertá-lo com uma prancha de surf e vinha dando muito trabalho aos pais.
Além disso, Jorginho foi quem entregou a chave do quarto dos pais à polícia, ou seja, ele poderia ter entrado no local dos fatos, executado o casal e saído em sequência. Por fim, o jovem demonstrou bastante frieza ao se dirigir para o clube após para se divertir, logo após saber da morte dos pais.
INOCENTADO PELOS TRIBUNAIS, ACUSADO PELA IMPRENSA
Como sabemos, o rito do júri se divide em 2 (duas) fases. Na primeira, após ser feita toda a instrução preliminar (denúncia, produção de provas, audiência de instrução e julgamento), o juiz decide se o réu será ou não levado a Júri Popular.
No caso da Rua Cuba, o Ministério Público de São Paulo (MPSP), denunciou Jorge Delmanto Bouchabki, porém, o juiz impronunciou o jovem por ausência de provas. Assim, não houve julgamento pelo Tribunal do Júri nesse caso.
Entretanto, durante anos a imprensa alimentou o assunto, julgando o filho mais velho do casal por seu homicídio, mesmo sabendo da ausência de provas capazes de comprovar essa teoria.
Em 2018, Jorginho deu uma entrevista na qual afirmou:
“Eu nunca fui tratado como suspeito. Ser fosse tratado como suspeito eu até entenderia. Mas me trataram sempre como culpado. Eu fui condenado pela imprensa”.
CONCLUSÃO
Esse caso não teve solução, ninguém foi condenado pelo crime cometido contra o casal Bouchabki. Há apenas teorias de que Jorginho é o assassino dos pais. Esse artigo foi sugerido pelo leitor e Advogado, Dr. Luiz Euzébio.
Caso tenha gostado desse artigo, deixe nos comentários, e caso, queira saber mais sobre algum tema do Direito Penal, deixe também a sua sugestão.
D. Ribeiro é Advogado Criminal na Capital – SP – Brasil, e possui também um canal no Youtube chamado Notícias do Ribeiro, para falar direto comigo basta clicar aqui 👉 https://wa.me/5511954771873.

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